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domingo, 14 de abril de 2013

Professora da UEPB se destaca como uma das raras cordelistas contemporâneas da Paraíba

 No mundo das letras e da poesia, o território da literatura de cordel ainda é predominantemente machista. O homem ainda dita os versos e a prosa e leva essa literatura milenar para as feiras livres, livrarias e bibliotecas. Na Paraíba, o cenário não é diferente. Boa parte dos cordéis produzidos no Estado é assinada por homens de talento reconhecido, como o poeta Manoel Monteiro.

Só que aos poucos essa cultura vai se transformando e as mulheres ganhando espaço em um campo ainda demarcado pelos homens. Uma das mulheres que tem rompido com mais essa barreira e transformado inspiração em poesia popular, é a professora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Fátima Coutinho.
Atualmente pertencente ao grupo de professores que atuam nos cursos de especialização da UEPB, no projeto Educação a Distância, Fátima começou a escrever cordel justamente para mostrar que as mulheres também são capazes de enveredar por esse rico reino da literatura popular. Ela conta que se sentiu “desafiada” pelo cordelista Manoel Monteiro, que afirmara que a participação feminina na produção dos folhetins ainda estava aquém do potencial que elas dispõem.
Uma das primeiras obras da professora foi “A vida da mulher”, um poema popular que enalteceu o valor da mulher. A partir daí, ela passou a compor os seus primeiros cordéis e logo ganhou reconhecimento do próprio mestre Manoel Monteiro. Entre os cordéis assinados pela professora cordelista estão “As oito propostas para acabar com a fome no mundo”, “A luta de um povo na sua escola em Santa Rosa” e “De cordel de mulher muito se tem a dizer”.

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